São Paulo, sábado, 18 de maio de 1996
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Paiva pede apoio do PT para limitar hora extra

CRISTIANE PERINI LUCCHESI
DA REPORTAGEM LOCAL

O ministro do Trabalho, Paulo Paiva, pediu ontem apoio do PT para manter em seu projeto de lei o limite máximo de 120 horas extras por ano e duas por dia.
O relator do projeto, deputado Mendonça Filho (PFL-PE), anunciou na segunda-feira que pretende deixar a decisão para os contratos coletivos a serem assinados entre trabalhadores e empresários.
"Lamento que a bancada do PT não queira discutir o meu projeto. Gostaria de contar com o apoio do PT para manter a limitação das horas extras, uma das formas de gerar emprego", disse o ministro, em São Paulo, durante o 1º Encontro Nacional das Comissões Estaduais de Emprego.
Segundo ele, o governo pretende aprovar o regime de urgência-urgentíssima para votação do projeto na terça-feira.
O ministro disse que a greve geral que está sendo preparada pelas centrais sindicais "é política".
"A estratégia do PT em ano eleitoral é radicalizar na mobilização de massas no primeiro semestre e maneirar no segundo para buscar votos", disse o ministro.
Sobre a participação da Força Sindical, central que não é ligada ao PT, na greve, ele disse que não sabe se é rompimento com o governo. "O governo não vai mudar sua política econômica por pressões populistas", disse o ministro.
Aval
Durante o encontro de ontem, no hotel Brasilton, o secretário de Trabalho do Estado de São Paulo, Walter Barelli, anunciou que o governo do Estado negocia com o governo federal a criação de um Fundo de Aval Solidário, para ajudar os micro e pequenos empresários a obterem recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador.

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