São Paulo, sábado, 18 de maio de 1996 |
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BC muda minibanda; Telebrás sobe
JOÃO CARLOS DE OLIVEIRA
O dólar comercial (exportações e importações), enfim, pode chegar legalmente a R$ 1,00. Qual é o impacto nas expectativas? Nenhum. Os analistas esperam novas mudanças na minibanda este mês. Ou seja, a correção só está no meio do caminho. Ontem, o comercial foi vendido a R$ 0,9551 (no "piso" da minibanda). No mercado futuro, a projeção, que não se mexeu, é de o comercial fechar o mês na casa dos R$ 0,998. O que importa para o mercado é a garantia dada pelo BC, que o juro sobre o câmbio vai continuar no patamar atual -que é alto. Em suma, continua sendo bom negócio vender dólares (ou ficar "vendido" em dólar) para o BC e aplicar os reais obtidos. Detalhe: já que o jogo é esse, e faz tempo, o que não se entende é a razão de o BC não fortalecer o processo de alongamento dos prazos das aplicações, vendendo títulos mais longos. O BC mexicano -e o México, é sabido, quebrou em dezembro de 1994, provocando um clima de incerteza nos investidores estrangeiros- vende títulos mais longos que o brasileiro. Aqui, as taxas continuam obedecendo o calendário gregoriano e variando no horizonte de um mês. E o mercado continua apostando em "escadinhas" para as taxas nominais. Como junho tem menos dias úteis que maio, a mesa de apostas está aberta. Os bancos estão fazendo negócios prevendo uma taxa-over de 2,73% no dia 24; 2,88% no dia 30; e 3,04% em 3 de junho. Com o excepcional balanço trimestral de Telebrás na cabeça e com a melhora do clima de expectativas no processo de reformas, a Bovespa fechou em alta de 1,54% e movimentou R$ 473,995 milhões. Os estrangeiros voltaram. Telebrás subiu 3,4% e concentrou 67,9% dos negócios feitos no mercado à vista. Texto Anterior: Reajustes neste mês vão de 4,09% a 15% Próximo Texto: Sindicatos decidem voltar; greve segue Índice |
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