São Paulo, sábado, 18 de maio de 1996 |
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Venda de suco cresceria
MÁRCIA DE CHIARA
No ano passado, o Brasil exportou para os Estados Unidos 190 mil toneladas de suco de laranja. Na década de 80, o país chegou a exportar 350 mil toneladas por ano. A avaliação é de Ademerval Garcia, presidente da Abecitrus (Associação Brasileira dos Exportadores de Cítricos), que reúne 11 indústrias processadoras de laranja. Atualmente, sobre cada tonelada de suco de laranja brasileiro que entra nos EUA é cobrada uma tarifa fixa de US$ 467. O valor do imposto já foi maior. Até 1994, era de US$ 492 por tonelada. Se a tarifa fixa se mantiver, ela será de US$ 428 no ano 2000. Segundo Garcia, a reivindicação do setor é que não seja cobrada uma tarifa fixa sobre o volume exportado, mas um percentual. "A tarifa fixa disfarça o protecionismo dado ao produtor de laranja da Flórida (EUA)." Além disso, diz Garcia, a tributação fixa acaba sendo mais cruel com o produtor brasileiro porque, quando o preço cai, ela pesa mais na cotação do produto. Segundo ele, a tributação imposta pelos EUA sobre o suco brasileiro fez com que o país perdesse competitividade em outros mercados. É que, como a cotação do suco na Bolsa de Nova York inclui o imposto, o produto americano -que não é tributado- fica mais barato do que o brasileiro. (MCh) Texto Anterior: Brasil tenta eliminar restrições dos EUA Próximo Texto: Suspeita nova; Tabela antiga; Choro importado; Novos aliados; Ganhando altura; Bola de papel; Ocupando espaço; Extensão brasileira; Na contramão; Contrato do século; Quebrando o gelo; Vôo marcado; Leite derramado; Faca e queijo; Lucro da Confab; Investimento externo; Toma lá, dá cá Índice |
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