São Paulo, domingo, 19 de maio de 1996
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"Adoro simular um estupro"

DA REPORTAGEM LOCAL

Fazer de conta que está sendo estuprada é a brincadeira favorita de algumas mulheres. Elas combinam com o parceiro e soltam a franga. Vale suplicar, apanhar...
"Adoro ser 'estuprada' pelo meu marido", diz a bancária Márcia, 29, que é casada com um homem que ela mesma define como "truculento, mas muito sensível".
"Ele sabe direitinho quando preciso ser 'estuprada"', diz. Por via das dúvidas, Márcia dá os primeiros sinais.
"Começo fingindo que não estou muito afim de transar naquele dia e ele vai ficando bravo", conta.
"Insisto que não quero e peço para ele se controlar", diz. "Ele força um beijo, eu faço cara de nojo, o clima vai esquentando."
Com a fonoaudióloga Tereza, 34, o "estupro" vem depois de uma cena previamente imaginada.
"Na primeira vez, meu marido se vestiu de assaltante, com touca de meia na cabeça, e eu de dona de casa, com avental por cima do vestido e chinelos. Foi uma loucura", lembra.
Um tempo depois, a cena se repetiu no carro. "Estávamos perto de Campos do Jordão e começamos fingir uma discussão feia."
"Ele parou o carro, me pegou pelos ombros e me jogou de costas no espaço entre os bancos da frente. Foi o máximo", conta.

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