São Paulo, domingo, 19 de maio de 1996
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Método 'vaporiza' a glândula doente

Paciente passou só uma noite no hospital

JB
ESPECIAL PARA A FOLHA

O empresário José Alfredo Gorgulho, 51, chegou ao urologista com sintomas tão intensos causados pelo aumento da sua próstata que precisou de uma cirurgia rápida para a retirada da glândula.
Gorgulho diz que começou a sentir dificuldade para urinar há três anos. "Evitei procurar um urologista porque achava que ia melhorar e não queria passar pelo exame do toque retal."
Há alguns meses, no entanto, os sintomas ficaram muito fortes, e o empresário foi ao médico. Gorgulho também tem diabetes e hipertensão arterial.
"Estava urinando de hora em hora, fazia tanta força que tinha que me sentar e conseguia eliminar pouco mais do que um copinho de café. O jato era fino e tinha um cheiro forte."
Gorgulho foi submetido à cirurgia de retirada da próstata por vaporização -um método que introduz uma espécie de eletrodo pela uretra, que gera uma temperatura de quase 200°C, "vaporizando" o tecido.
O método é seguro e alcança bons resultados. Os sangramentos são bastante incomuns. Segundo Srougi, a vaporização hoje é a técnica preferida pela maioria dos urologistas americanos.
O uso do laser para destruir a próstata é a segunda técnica mais apreciada pelos especialistas presentes no congresso da última semana. O laser emite um feixe de luz que gera altas temperaturas.
O outro método é a resseção transuretral -onde uma espécie de alça, introduzida pela uretra, cortando camadas da glândula.
Gorgulho diz que a recuperação foi bastante rápida. "Passei uma noite com sonda no hospital. Na manhã seguinte, voltei para casa. O jato da urina voltou a ser forte. Agora ir ao banheiro voltou a ser um prazer".

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