São Paulo, domingo, 19 de maio de 1996 |
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Cidade combate clandestinos CARLO SEVERINO CARLO SEVERINO; JOSÉ ERNESTO CREDENDIO
Segundo o secretário do Meio Ambiente da cidade, Gilberto Abreu, o controle da exploração da água é a principal prioridade de sua administração. Para isso, a secretaria está terminando um estudo sobre o uso clandestino da água do lençol freático Botucatu-Pirambóia, que abastece a população. O estudo está sendo feito para que a prefeitura descubra onde estão os poços clandestinos. O Daerp (Departamento de Água e Esgoto de Ribeirão Preto) explora cerca de 10 milhões de litros de água por hora de 82 poços artesianos. O secretário Abreu explica ainda que não existe qualquer critério para a exploração e abertura de poços artesianos clandestinos. Se o controle não for imposto, diz o secretário, Ribeirão Preto viverá em pouco tempo a realidade de Las Palmas, na região da Mancha, na Espanha, onde a exploração irracional do lençol freático reduziu a quantidade de água a 10% do que existia há 20 anos. Após a conclusão do estudo, serão definidos critérios para a abertura de novos poços. Além da exploração irregular, a secretaria quer saber até que ponto a água do lençol foi contaminada por um lixão usado durante 12 anos. Abreu confirma a preocupação de o chorume -suor do lixo- estar contaminando a água, já que o lixão recebeu cerca de 600 mil toneladas de lixo. Pereira Barreto A Prefeitura de Pereira Barreto (625 km a noroeste de São Paulo) joga no rio Tietê, todos os dias, uma média de 4 milhões de litros de água própria para o consumo. A água é desperdiçada porque não há reservatórios para guardar a sobra da produção do poço que abastece a cidade. Segundo Joaquim Modesto Vieira, 39, assessor do DAE (Departamento de Água e Esgoto), o poço produz 500 mil litros por hora. A capacidade dos reservatórios de Pereira Barreto, município que possui aproximadamente 30 mil habitantes, é estimada em 1,9 milhão de litros. Quando os reservatórios ficam cheios, entre 22h e 6h, a água é desviada e vai para o Tietê. Colaborou José Ernesto Credendio, da Folha Norte Texto Anterior: Piauí joga água fora Próximo Texto: Turismo segue a trilha da água do lençol Índice |
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