São Paulo, domingo, 19 de maio de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Retomada do crescimento deve pressionar a balança

ANDRÉ LAHÓZ
DA REPORTAGEM LOCAL

A balança comercial volta a incomodar. Economistas ouvidos pela Folha afirmam que a retomada do crescimento econômico no segundo semestre deve aumentar déficit na balança comercial.
"O PIB cresceu 0% no primeiro semestre do ano e deve crescer 5%, anualizado, no segundo semestre. A resultante será algo como 3% no ano", afirma Cláudio Adilson Gonçalez, da MCM Consultores Associados.
Como o crescimento econômico, ainda que modesto, provoca aumento das importações, a MCM mudou seu cenário comercial para 96: passou de um superávit de US$ 2 bilhões para um déficit de US$ 2 bilhões. A MCM admite até um déficit de US$ 3 bilhões.
As estimativas não são muito diferentes das de outra consultoria, a MB Associados. A empresa prevê crescimento de 3% a 3,5% no ano e déficit comercial entre US$ 1,5 bilhão e US$ 2,5 bilhões.
José Augusto Arantes Savasini, da Rosenberg Consultores, tem números diferentes.
Embora tenha um cenário de crescimento econômico semelhante (2%), Savasini projeta um superávit comercial de US$ 1,5 bilhão no ano.
Para Pedro Parente, secretário-executivo do Ministério da Fazenda, haverá equilíbrio comercial em 1996. "As exportações continuam crescendo."
O economista Aloizio Mercadante acha que o PIB crescerá 2% e que o déficit comercial será de cerca de US$ 1 bilhão.
Para Abram Szajman, presidente da Federação do Comércio do Estado de São Paulo, "é coisa de economista de banco ver qualquer reativação das vendas".
Para ele, o setor enfrenta problemas sérios, com exceções apenas para os carros e eletroeletrônicos.

Texto Anterior: Tesouro dos EUA vai emitir bônus com correção
Próximo Texto: MCM vê reativação no 2º semestre
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.