São Paulo, domingo, 19 de maio de 1996 |
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Vale e Telebrás são preferidas
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA As ações da Telebrás e Companhia Vale do Rio Doce disputam a preferência dos dez maiores fundos de pensão como investimento de renda variável.Os fundos tinham R$ 1,3 bilhão aplicados em Vale do Rio Doce e R$ 1,1 bilhão em Telebrás no final do ano passado, segundo dados da Secretaria de Previdência Complementar (SPC). São ações consideradas de primeira linha e que devem se valorizar com o programa de privatização. Os dez maiores fundos de pensão tinham ainda R$ 485 milhões aplicados em ações da Eletrobrás e R$ 702 milhões em ações da Petrobrás. Ou seja, investiam R$ 3,7 bilhões em ações de estatais federais. Cesp e Telesp Duas empresas estatais de São Paulo (Cesp e Telesp) e uma de Minas Gerais (Cemig) também tiveram suas ações adquiridas por estes fundos. De acordo com os dados da SPC, eles investiram R$ 99,3 milhões em ações da Telesp, R$ 54,8 milhões em ações da Cesp e R$ 130,3 milhões na Cemig. Como maiores fundos de pensão, eles usaram títulos públicos para participar do programa de privatização. É isso que explica investimento de R$ 26,4 milhões em ações da Usiminas e R$ 206 milhões em ações da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional). Investiram ainda R$ 287,9 milhões em ações do Bradesco. Os investimentos dos dez maiores fundos (oito patrocinados por empresas estatais e dois por privadas) em ações totalizavam R$ 11,1 bilhões no final do ano passado. As ações das dez empresas citadas antes representavam 41,17% deste total, equivalentes a R$ 4,5 bilhões. Total de investimentos O total de investimentos dos 340 fundos de pensão em ações em janeiro estava em R$ 18,7 bilhões, conforme dados da Abrapp (entidade que reúne os fundos de pensão fechados ou por empresa). Outros R$ 8,9 bilhões estavam investidos em imóveis e R$ 3,4 bilhões em financiamento imobiliários. No mesmo mês, os fundos tinham R$ 5,2 bilhões de operações com suas patrocinadoras (115 públicas e 225 privadas). Os empréstimos aos participantes totalizavam R$ 1,1 bilhão, e os investimentos em títulos, mais R$ 3 bilhões. O total de aplicações era de R$ 62 bilhões. A secretária de Previdência Complementar, Carla Grasso, disse que o governo faz avaliações periódicas dos investimentos financeiros dos fundos de pensão e determina mudanças quando constata algum desvio. Texto Anterior: Diversificação dá segurança, diz a Abrapp Próximo Texto: Aplicar em ações ainda exige cautela Índice |
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