São Paulo, domingo, 19 de maio de 1996
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Iniciativa é alvo de crítica

DA REPORTAGEM LOCAL

Ser voluntário também tem as suas contra-indicações. A falta de supervisão e de estar em contato direto com a profissão são apontadas como o maior fantasma que ronda a opção.
Para o "headhunter" (caçador de talentos) Simon Franco, 56, da Simon Franco Recursos Humanos, o universitário deve procurar a empresa júnior de sua faculdade para adquirir experiência profissional.
"É lá que ele vai aprender o que precisa nessa fase", diz. "Está aumentando o número de faculdades com empresa júnior, supervisionada por professores."
Segundo ele, os recém-formados têm procurado cada vez mais as atividades voluntárias por não conseguir emprego.
"Ninguém gasta quatro anos da vida para ficar longe do salário e do que realmente escolheu."
Os psicólogos também discutem a utilização do trabalho voluntário como passaporte para o mercado de trabalho.
Segundo Ana de Carvalho, que faz parte da Comissão de Psicologia e Trabalho do CRP, o voluntário não recebe supervisão e, por isso, não cresce profissionalmente.
"Na psicologia, somos contra essa forma de trabalho, mas entendemos que é uma distorção do mercado, que hoje não tem condições de abrigar os profissionais", afirma.

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