São Paulo, domingo, 19 de maio de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Vistorias são insuficientes

DA REPORTAGEM LOCAL

A obediência à lei municipal 11.228, que trata da segurança em condomínios, esbarra nas dificuldades em vistoriar sua aplicação.
Em São Paulo, o órgão encarregado é o Contru (departamento da prefeitura que controla o uso de imóveis). No ano passado, o Contru fez 3.689 vistorias.
"Pelo tamanho de São Paulo, é um universo muito pequeno", admite o engenheiro de segurança Antonio Luiz de Paiva, 42, diretor do departamento. "A cidade tem uma série de riscos que a gente não consegue controlar."
Paiva explica que as vistorias são feitas quando há denúncias contra os edifícios. Dificilmente são aplicadas multas (que variam de R$ 2.961 a R$ 14.000 para condomínios com até 15 mil m²) porque os condomínios costumam se adequar à lei depois de vistoriados.
"Não há brigadas de incêndios em todos os prédios", diz Benjamin Souza Cunha, 55, vice-presidente de condomínios e relações trabalhistas do Secovi-SP (sindicado das imobiliárias e construtoras).
Ele se refere a um dos itens da lei que obriga todo condomínio a ter uma brigada de incêndio, formada por funcionários e moradores.
Há duas semanas, um apartamento do condomínio Vitória Régia (na zona norte da cidade) pegou fogo em decorrência de vazamento de botijão de gás.
O edifício não possui brigada, e o apartamento foi totalmente destruído. O funcionário Gesevaldo Silva Almeida, que tentou debelar o fogo, sofreu ferimentos leves.

Texto Anterior: Gás de cozinha é o maior vilão
Próximo Texto: Curso custa de R$ 60 a R$ 215
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.