São Paulo, domingo, 19 de maio de 1996 |
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Exigências atrapalham as cooperativas
DA REPORTAGEM LOCAL As cooperativas habitacionais estão cautelosas quanto à utilização de recursos do programa Carta de Crédito na construção de condomínios residenciais.Elas são os principais alvos da prorrogação do recebimento de propostas pela Caixa Econômica Federal (CEF), válida apenas para grupos de até cem pessoas. Na cidade de São Paulo, no entanto, a CEF não recebeu nenhuma proposta desde que a prorrogação foi anunciada, na segunda quinzena de abril. O programa prevê o financiamento de até R$ 31,5 mil na compra de imóveis novos para quem recebe até R$ 896 por mês. As inscrições para pessoas físicas encerraram-se em novembro do ano passado. Limitações Apesar de se interessarem muito pelos financiamentos, as cooperativas encontram dificuldades para preencher todos os requisitos exigidos pela CEF. "As limitações estão muito grandes", diz Augusto José Chiavegato, diretor do Inocoop Bandeirantes (empresa que assessora cooperativas habitacionais). Ele cita, por exemplo, o fato de que, se a cooperativa não possuir um terreno para o empreendimento, tem de comprar o lote e construir no máximo 50 unidades com o dinheiro do financiamento. Em geral, as cooperativas procuram construir o máximo de unidades para reduzir o preço dos apartamentos. Alguns condomínios chegam a ter 500 apartamentos. "Estamos estudando fracionar alguns dos nossos grupos para conseguir o financiamento e acabar os condomínios mais rapidamente", diz Francisco Pereira da Silva, presidente da Cooperativa Habitacional do Estado de São Paulo, que tem grupos de até 2.000 pessoas. Texto Anterior: Prédio sem brigada pega fogo Próximo Texto: Como inscrever um grupo no Carta de Crédito Índice |
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