São Paulo, domingo, 19 de maio de 1996 |
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LUGARES A casa de dois andares em que Jorge Luis Borges nasceu em 1899, na rua Tucumán, 840, centro de Buenos Aires, manteve sua arquitetura original e ganhou uma placa em homenagem ao escritor (foto). Hoje funciona no local, espremido entre edifícios comerciais e de apartamentos, uma associação católica de moças. A casa em que Borges passou a maior parte da sua infância, na rua Serrano, 2.135-47 (foto), hoje bastante modificada. A casa, onde nasceu a irmã de Borges, Norah, fica a poucas quadras do Jardim Zoológico, onde Borges e ela iam todos os dias. Dessa época data o início da obsessão de Borges com os tigres, animais que ele desenhava desde os cinco anos. A família deixou essa residência em 1914, quando partiu para a Europa. A última residência de Borges em Buenos Aires foi o apartamento com terraço no penúltimo andar (foto) do edifício localizado na rua Maipu, 994 (esquina com Marcelo T. Alvear, a uma quadra da praça San Martin). Ali o escritor recebia, nos seus últimos anos, estudantes, jornalistas e escritores que vinham lhe fazer perguntas sobre sua obra. Borges viveu ali entre 1944 e o final de 1985, quando foi para a Europa e instalou-se em Genebra, onde morreu em 1986. Na rua Anchorena, 1.660, no Bairro Alto de Buenos Aires, María Kodama instalou no ano passado a Fundação Borges (foto). Ao lado, no número 1.670, Borges viveu com a mãe e a família da irmã (casada com o escritor Guillermo de Torre) entre 1938 e 1944. Foi nessa casa, cujo belo jardim pode ser visto do fundo da Fundação Borges, que o escritor redigiu os contos de "Ficções" e alguns de "O Aleph". Além da Fundação Borges, funciona em Buenos Aires o Centro Cultural Borges (foto), mantido pela Municipalidade, na confluência das ruas Viamonte e San Martin, bem no centro da cidade. No local, ocorrem exposições, espetáculos teatrais e conferências que só eventualmente têm a ver com o escritor. Ali houve recentemente uma exposição do acervo da coleção Borges, de George e Nicolás Helft. Atualmente, o Centro Borges abriga uma grande mostra de trabalhos de Miró. Texto Anterior: CENAS Próximo Texto: Meio século de amor às tramas Índice |
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