São Paulo, domingo, 19 de maio de 1996
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Conheça a vida de Gerry Adams

IGOR GIELOW

do enviado especial Gerry Adams surgiu na vida pública no final da década de 60, quando a violência começou a eclodir na Irlanda do Norte.
Sobrinho de um dos principais líderes do IRA na década de 40, Dominic Adams, o presidente do Sinn Fein sabia pouco de militância política até começar a trabalhar no pub Duke of York, em West Belfast, em 1966.
Lá, em contato com jornalistas britânicos e membros do IRA e do Sinn Fein, Adams começou a desenvolver o gosto pela política.
Dois anos antes, havia presenciado o incidente da rua Divis. Lá funcionava um escritório nacionalista, e havia uma bandeira irlandesa na janela, o que era proibido.
O pastor Ian Paisley, então um pregador de rua (hoje é o líder dos protestantes mais radicais), viu a bandeira e organizou uma marcha unionista até a rua.
Houve conflito com intervenção da polícia. Pela primeira vez, cenas de violência chegavam aos recém-instalados televisores na Irlanda do Norte.
Em 1969, Adams saiu do Duke of York para enfrentar a polícia nas ruas. Biógrafos como o jornalista irlandês Tim Pat Coogan dizem que houve envolvimento com o IRA, mas logo abandonado para a militância política pura.
Casou-se em 1971, com o pai na cadeia, e raramente fala sobre a mulher e os filhos. Foi preso em 1972 e solto por falta de provas.
O episódio abriu caminho para sua primeira ação de porte: participou de uma comissão que foi a Londres negociar com o governo.
Em 1983, ganhou uma cadeira no Parlamento britânico por West Belfast. Perdeu-a em 1992, quando 3.000 unionistas da região apoiaram o nacionalista moderado Joe Hendron (SDLP) em detrimento ao seu próprio candidato. (IG)

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