São Paulo, domingo, 19 de maio de 1996 |
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Autor trabalha elementos básicos
MARIANA SCALZO
Nesses pontos a trama é bem parecida com "Quatro por Quatro", exibida na Rede Globo em 1994 e 1995. "Tenho noção de que trabalho num universo composto de alguns elementos básicos", diz Carlos Lombardi, autor da atual produção global da sete, de "Perigosas Peruas" e "Quatro por Quatro". Lombardi não acha que descobriu uma fórmula de êxito. "Sucesso acontece por milagre." O fato é que "Quatro por Quatro" manteve sua audiência por volta de 4 milhões de telespectadores na Grande São Paulo, e "Vira-Lata" teve média de 37 pontos (3,7 milhões de espectadores) na última semana de abril. Mas, apesar de alguns ingredientes básicos, Lombardi destaca diferenças entre as suas mais recentes novelas. "'Vira-Lata' é uma novela sobre a convivência familiar. Tento discutir a relação de pais e filhos. Trato mais dos conflitos de classe média, próximos da minha idade. Tem a ver com o momento de vida. Tem a ver comigo", diz o autor de 36 anos. "'Quatro por Quatro' era a história de uma vingança de mulheres. Não tinha espaço para trabalhar com problemas familiares. Tanto que as famílias das quatro mulheres centrais (Bibi -Betty Lago-, Babalu -Letícia Spiller-, Tatiana -Cristiana Oliveira-, e Auxiliadora -Elizabeth Savalla) não tinham relevância na trama." Para ele, "as semelhanças acontecem com certeza, mas as situações são diferentes." Personagens Lombardi também não acha que a presença de alguns atores possa confundir o telespectador. Humberto Martins, Marcelo Novaes e Betty Lago protagonizam as duas tramas. "Tive um critério muito claro para a escalação do elenco fixo. Na Globo, a opção de elenco vago era justamente de atores de 'Quatro por Quatro'. Mas quem não tivesse um personagem diferente para fazer, não poderia entrar", explica. Para o autor, o Fidel (Marcelo Novaes) é completamente diferente do mecânico Raí. Texto Anterior: "Televisão é como o faroeste", diz Durst Próximo Texto: Místicos trabalham de graça na TV Índice |
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