São Paulo, domingo, 19 de maio de 1996 |
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Místicos trabalham de graça na TV
ELAINE GUERINI
A astróloga Márcia Barbosa, 52, e a taróloga Márcia Cristina Rodrigues da Silva, 40, não recebem salários pela apresentação de programas na Rede Mulher (emissora em UHF). As esotéricas levam apenas 10% da arrecadação com patrocínio ou merchandising. Só que os dois programas -"Caminho dos Astros" e "Seu Destino no Tarô"- não contam com anunciantes no momento. "Só temos direito de fazer um minuto de merchandising sobre os nossos serviços no ar", afirma a apresentadora Márcia Barbosa, proprietária da Wathan Oficina Esotérica. Segundo Maurício Martins, 38, assessor da Rede Mulher, a emissora já está regularizando a situação das apresentadoras. "Cada uma deverá receber R$ 500 por mês, além da participação com a venda dos programas." A mais famosa das esotéricas que se apresenta na TV, Mônica Buonfiglio, recebe R$ 890 por mês para comandar o quadro "Abracadabra", do programa "Dia Dia" -exibido de segunda a sexta, das 8h às 10h, na TV Bandeirantes. "Uso o espaço para divulgar o meu trabalho. Muitas pessoas compram os meus livros porque me assistem na TV", diz Mônica, que faturou R$ 1 milhão com a venda de seus sete títulos no mês de abril. Nos três programas místicos, o telespectador pode participar fazendo perguntas por telefone ou carta. O "Caminho dos Astros", que vai ao ar de segunda a sexta (às 5h45 e às 9h30), recebe chamadas de duas pessoas por dia. "A distância não importa. Quando falo com o telespectador, posso invadir seu campo energético. O próprio telefone é um condutor de energia", diz a astróloga Márcia Barbosa, que também joga baralho cigano. Para Mônica Buonfiglio, qualquer dúvida relacionada a amor, trabalho e saúde pode ser solucionada por meio da angelologia. "Primeiro descubro o dia da semana em que a pessoa nasceu e o seu anjo padrinho. Depois, recorro à intuição", afirma Mônica, que atende apenas um telespectador por semana. No "Seu Destino no Tarô", que a Rede Mulher exibe de segunda a sexta às 19h45, Márcia Rodrigues da Silva atende um telefonema por dia e responde duas cartas. "Quando a pessoa escreve, ela deixa o cheiro, as emoções e as digitais impregnadas no papel. Consigo captar as vibrações", diz. Texto Anterior: Autor trabalha elementos básicos Próximo Texto: Estudioso reprova teleconsulta Índice |
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