São Paulo, segunda-feira, 20 de maio de 1996
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Apas espera negócios de US$ 1,2 bilhão

CRISTIANE PERINI LUCCHESI
DA REPORTAGEM LOCAL

A 12ª Feira de Produtos, Serviços e Equipamentos para Supermercados, que começou ontem em São Paulo, vai gerar negócios da ordem de US$ 1,2 bilhão, estima Firmino Rodrigues Alves, presidente da Apas (Associação Paulista de Supermercados), que organiza o evento.
A previsão, se confirmada, vai significar um aumento de 50% sobre os negócios gerados na feira do ano passado, disse ele.
Também em quantidade de visitantes a feira deve apresentar crescimento de 50% na comparação com 95 -espera-se a presença de 30 mil pessoas neste ano.
Com uma área de 39 mil metros quadrados, a feira da Apas, no Expo Center Norte, ganhou neste ano mais um pavilhão de exposições.
Ajuda
"O setor supermercadista está crescendo sem nunca receber ajuda oficial, como outros setores", afirmou Firmino na solenidade de abertura da feira e da 12ª Convenção Paulista de Supermercados, no auditório do pavilhão vermelho.
O presidente da Associação Brasileira de Supermercados, Paulo Afonso Feijó, também presente ao evento, disse que o setor "nunca reivindicou subsídios ou favores" e, apesar disso, gerou mais de 5.000 empregos em 95. Segundo ele, os supermercados empregam 655 mil pessoas em 43 mil lojas e faturam US$ 45 bilhões, 7% do Produto Interno Bruto.
Abertura e juro menor
Juros menores e mais facilidades na importação foram os pedidos feitos por Feijó e Firmino ao ministro do Planejamento, José Serra, também presente à solenidade de abertura da feira.
"Enquanto nos outros países os supermercados pagam juros de 6% ao ano, aqui pagamos 6% ao mês", disse o presidente da Apas.
Feijó afirmou ser "inadmissível" que, em "plena era de globalização da economia", apenas 3% dos produtos comprados pelos supermercados brasileiros sejam de fornecedores estrangeiros.
Firmino pediu uma política de alíquotas de importação que vigore por, no mínimo, dois anos. "Temos prejuízos com tantas mudanças nas regras do jogo e só com mais importação poderemos oferecer melhores preços."
O ministro se comprometeu a encaminhar os pleitos ao presidente Fernando Henrique Cardoso, mas adiantou que a disposição do governo é levar "até as últimas consequências a manutenção da estabilidade". Serra disse que os juros estão caindo e que só com a "tranquilidade no sistema financeiro" é possível reduzi-los mais.

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