São Paulo, segunda-feira, 20 de maio de 1996 |
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Coletiva reúne produção do Santa Cecília
CELSO FIORAVANTE
Explica-se: todos os oito artistas desta coletiva dividem um mesmo espaço. Vera Martins, Marta Strambi, Renata Barros, Adriana Rocha, Sérgio Niculitcheff, Regina Johas, Marco Paulo Rolla e Luiz Sôlha desenvolvem seus trabalhos no ateliê Santa Cecília, um grande galpão na r. Dr. Frederico Steidel, no centro da cidade. Por ali já passaram artistas como Marcelo Cipis, Paulo Whitaker e Patrícia Furlong, entre outros. Dos oito atuais residentes, apenas Sôlha e Niculitcheff estão desde o início do ateliê. A proximidade física serve, porém, para maximizar as diferenças dos trabalhos. O espaço recebe desde Vera Martins e Marta Strambi, que trabalham conceitos como nascimento e morte por meio de unidades mínimas de lona moldadas com verniz acrílico incolor ou volumes de silicone, chumbo e talco, respectivamente, como também recebe os flagelos do turbilhão surreal de Marco Paulo Rolla e as telas hiper-realistas em que Sôlha reproduz ícones das artes e do consumo. "Meus trabalhos anteriores eram escuros. Fazia relevos em lonas que pareciam gavetas funerárias. Nesses trabalhos, a temática da morte continua, mas a explosão do quadrado representa o vazio e a leveza que se instaura após a morte", diz Vera Martins. A artista apresentou trabalhos semelhantes no Salão Nacional de Artes Plásticas, na Funarte do Rio, em 95, mas agora briga com a entidade pois os trabalhos foram danificados. (CF) Mostra: Ateliê Santa Cecília Onde: Galeria Multipla de Arte (av. Morumbi, 7986, tel. 241-0157) Vernissage: hoje, às 20h Quando: até 8 de junho Texto Anterior: Steinem não odiava os homens Próximo Texto: Pianista faz recital dedicado a Liszt Índice |
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