São Paulo, segunda-feira, 20 de maio de 1996 |
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Menem admite venda ilegal de arma
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS O presidente da Argentina, Carlos Menem, admitiu que um funcionário de seu governo pode estar envolvido na venda ilegal de armas para Equador e Croácia em 1995.A afirmação foi feita no sábado na Província de La Rioja, 1.100 km a noroeste da capital Buenos Aires. Menem afirmou que o responsável será punido e deixou claro que seu governo "não tem nada a ver com esse escândalo". Mas não é o que pensam os argentinos. Pesquisa de opinião divulgada ontem pelo jornal "La Nación" revela que 70% dos entrevistados acreditam que o governo é responsável pela operação. Pelo levantamento, 53% dos consultados crêem que o governo sabia o destino correto dos carregamentos de armas. Os dois principais blocos de oposição pediram uma investigação do Congresso sobre o assunto e mais detalhes de Menem. Renúncia Um dos mais atingidos no escândalo é o ministro da Defesa, Oscar Camillión. Apesar de Menem insistir em mantê-lo no cargo, a imprensa argentina já especulava ontem sua possível renúncia. E o presidente argentino disse aos jornalistas que aceitaria o pedido. "Renunciam aqueles que desejam sair", disse. Essa é a primeira vez que se fala sobre a saída de Camillión desde a revelação do escândalo, em 1995, durante a guerra de fronteira entre Peru e Equador. Pela pesquisa publicada no "La Nación", 75% das 550 pessoas entrevistadas disseram que Camillión deve apresentar seu pedido de renúncia. Autorizações As vendas de armas na Argentina são autorizadas por Menem, Camillión, Guido di Tella, chanceler argentino, e pelo ministro da Economia, Domingo Cavallo. Em 95, descobriu-se que armas enviadas à Venezuela teriam como destino o Equador, e as mandadas, segundo documentos, ao Panamá teriam ido para a Croácia. A Justiça investiga aspectos penais e econômicos das operações. Texto Anterior: Karadzic diz que continua presidente Próximo Texto: Endeavour sobe para missão de dez dias; Cirurgia brasileira é usada no Reino Unido; China exige o fim dos protestos no Tibete Índice |
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