São Paulo, segunda-feira, 20 de maio de 1996
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A SUCESSÃO PAULISTANA

A pesquisa do Datafolha sobre a disputa para a Prefeitura de São Paulo, publicada hoje, não traz mudanças radicais em relação ao cenário anterior. Luiza Erundina (PT) e Francisco Rossi (PDT) continuam liderando com margem. Mas o resultado indica certas variações entre os demais candidatos e pré-candidatos.
O primeiro fato relevante é que a eventual candidatura de Romeu Tuma apresenta um desempenho inferior ao esperado. Antes cotado como um forte candidato ao segundo turno, o senador aparece com apenas 7% das intenções de voto, na simulação com a candidatura de José Serra, e de 9%, caso o candidato do PSDB venha a ser Walter Feldman. Tuma tem, ademais, o segundo maior índice de rejeição, com 36%, atrás apenas de Luiza Erundina, que tem 41%.
José Serra continua despontando como o nome mais forte para eventualmente modificar o atual cenário de segundo turno entre o PT e o PDT. Tem 15% das intenções de voto. Excluído seu nome, nenhum dos demais candidatos alcança os 10% de popularidade, contra os cerca de 30% de Erundina e Rossi.
O lançamento da candidatura de Celso Pitta pelo prefeito Paulo Maluf parece tê-lo beneficiado. No final de abril, seu nome aparecia sempre em último lugar, com 1% a 3%. Agora está empatado com o candidato do PMDB, João Leiva, com porcentagens de 5% a 6%. Apoiado por Maluf, é provável que Pitta, apesar de desconhecido, ainda ganhe popularidade.
Entre os dois favoritos para o segundo turno, o nome de Luiza Erundina parece ser agora o mais consolidado. Ela está na dianteira em todas as simulações, ainda que só em alguns casos com diferença maior do que a margem de erro. É de se notar que na pesquisa espontânea Erundina apareça com 15%, contra 13% de Paulo Maluf, seguido de apenas 5% de Francisco Rossi.
Dados, porém, a alta rejeição da petista e os longos meses até a eleição, o resultado final do pleito paulistano ainda é altamente incerto.

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