São Paulo, segunda-feira, 20 de maio de 1996 |
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Empresas aéreas investem em uniforme
ELENI KRONKA
As roupas não serão, porém, de cortejadas top models ou de figuras do "jet-set", mas da própria tripulação. A idéia não é nenhuma novidade. Nos anos 60, a extinta Braniff foi a primeira a se preocupar com a moda em seus uniformes. Para isso, contratou nada menos do que o estilista italiano Emílio Pucci. Mais tarde, a Braniff chamou o estilista norte-americano Roy Halston, um dos favoritos de Jacqueline Kennedy, para renovar o visual das roupas e o interior de seus aviões. Com estilistas conhecidos ou não, as companhias aéreas continuaram a investir em seus uniformes, principalmente nas décadas de 60 e 70. Clássico A Lufthansa, que teve suas atividades suspensas durante a Segunda Guerra, retornou em 1955, trazendo aeromoças vestindo tailleurs em tons de azul (marinho e turquesa), com saias no comprimento chanel e paletó levemente acinturado. Sempre encomendando o design a representativas confecções alemãs, a empresa lançou, em 1965, a mais romântica versão de seus uniformes. Saia reta, blusa com gola, spencer e chapéu, tudo em azul, formavam o uniforme até 1970, quando foram substituídos por conjuntos nas cores da bandeira da Lufthansa (azul e amarelo-ouro), com modelagem de linhas retas. Nos anos 80, época de retorno ao clássico, a companhia lança a calça comprida como opção. As variações acontecem em torno do mesmo tema nos anos 90. Já a Air France escolheu Louis Féraud para desenvolver sua atual linha de verão, composta por vestidos clássicos, de mangas curtas e golas removíveis, nas versões azul-celeste, rosa claro e bege. O tailleur, o vestido e a capa para meia-estação foram criados pela Carven Uniformes, também francesa. A maison Nina Ricci criou o mantô marinho de pura lã. A Swissair lançou seu atual uniforme em 1991, com criação do italiano Luigi Colani, e desde então vem fazendo algumas alterações nos modelos. É bom saber que o uniforme completo -com as roupas, mantô, capa de chuva, sapato, bolsa, malas, quepe etc.- não sai por menos de US$ 2.000. Texto Anterior: Aventura de brasileiro no cume do Everest vira livro Próximo Texto: Empresa nacional adapta padrão europeu Índice |
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