São Paulo, terça-feira, 21 de maio de 1996
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PFL deve anunciar apoio a Pitta na sexta

CARLOS EDUARDO ALVES
DA REPORTAGEM LOCAL

O PFL paulista quer anunciar na sexta-feira o apoio à candidatura de Celso Pitta (PPB) à Prefeitura de São Paulo.
A dúvida é sobre a reação da direção nacional pefelista, que sonha com a coligação com o PSDB caso o ministro José Serra se candidate.
O prefeito Paulo Maluf (PPB) e o presidente do PFL paulista, Antônio Cabrera, articularam para que o PFL marcasse sexta-feira como dia de definição.
Serra, se anunciar a candidatura, só deve formalizar a saída do ministério na próxima semana.
"Nós não podemos esperar mais", disse Cabrera depois de reunião com a cúpula do PFL no Estado. A declaração foi feita na sequência de um encontro dos pefelistas com Pitta.
Tucanos ligados ao governador Mário Covas apostam que, caso confirme a coligação com o malufismo, o PFL perderá os cargos que ocupa na máquina estadual.
Além da Secretaria da Agricultura, que é comandada por Cabrera, o PFL detém a secretaria da Habitação, entre outros postos.
"Nosso compromisso com o governador não estabelece que a aliança de 94 seja reproduzida nos municípios", afirmou Cabrera.
O presidente do PFL paulista relataria a Covas ontem mesmo o resultado da reunião. O PSDB aposta em veto da cúpula nacional do PFL ao acordo com o malufismo.
Interior
O candidato do PPB deixou satisfeito a reunião com a direção estadual do PFL. Disse que a "coincidência de ideais" facilitará a coligação.
"Também estamos oferecendo a candidatura a vice-prefeito em nossa chapa e o apoio ao PFL em todo o interior", declarou Pitta.
Embora pouco expressivo em termos eleitorais em São Paulo, o PFL tem a moeda mais valiosa na campanha eleitoral: o maior tempo no horário gratuito de propaganda na TV.
O espaço na mídia eletrônica é fundamental para Pitta, que enfrentará adversários bem mais conhecidos como Luiza Erundina (PT) e Francisco Rossi (PDT).
Tuma
Antes de Pitta, foi a vez de o senador Romeu Tuma (PSL) conversar com o PFL estadual.
Tuma saiu do encontro com o discurso de quem está desistindo de concorrer. "Seria candidato se houvesse um grande acordo político, mas o quadro mudou nos últimos 15 dias", disse, referindo-se à hipótese de Serra ser candidato.
Na última pesquisa do Datafolha, Tuma tem no máximo 9% dos votos e rejeição de 36%.

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