São Paulo, terça-feira, 21 de maio de 1996 |
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E o que é MPB? Música pra-chutar brasileira
MATINAS SUZUKI JR.
Em pesquisa da Folha com 313 jogadores, entre os 507 que participaram pelo menos uma vez do Campeonato Paulista -um universo, portanto, bastante representativo- o Rivaldo foi escolhido o melhor jogador do torneio. Mas, ser escolhido primo pelo seus próprios pares, deverá ter a sua graça particularíssima, némesmo? * Rivaldo só perde, em termos de preferência, para o absolutismo de Wanderley Luxemburgo, escolhido por 71,4% dos jogadores como o melhor técnico do Campeonato Paulista. As opções, de resto, neste quesito não são muitas. Dos novos, Eduardo Amorim e Muricy Ramalho não conseguiram se impor, e Orlando Pereira paga pela irregularidade dos resultados do Santos. * Quem é do mar não enjoa. À sua biblioteca de cartões vermelhos, Bernardo acrescenta a faixa de jogador mais violento, título outorgado pelos próprios companheiros de profissão. Uma violência, aliás, totalmente inútil, porque os resultados foram parcos. * Outro dado interessante revelado pela pesquisa é o conservadorismo dos jogadores de futebol (aliás, não creio que seja um privilégio nacional). Mais de 2/3 é contra mudanças nas regras do fut. É uma verdade cristalina que algumas mudanças aumentariam o interesse pelos jogos, e, portanto, ampliariam as fontes de rendimento dos profissionais do futebol. Mas, entre pagar para ver e preservar o já ganho, os jogadores preferem jogar na retranca -e pelo empate. * Esta coluna nasceu da fusão cósmica e mítica entre os ritmos dos tambores e a trajetória da deusa bola nos gramados. MPB: música pra-chutar bola. A música é a diversão predileta dos jogadores, revela a pesquisa da editoria de esporte da Folha. É isso aí, galerinha. Foi assim que aprendemos a brincadeira: fazendo música, jogando bola. * Os jogadores do futebol paulista acham o Amaral, aquele que na África do Sul marcou o apartheid, o mais simpático. Esta coluna também. * Quem já viu o novo comercial da Nike para a Olimpíada, a ser lançado nos EUA, com o Ronaldinho, Cantona, Kluivert, Maldini e companhia, garante que é de colocar o Spielberg no chinelo, ou melhor, na chuteira. Diga-se de passagem, a Nike aposta no futebol na terra dos bravos desde a Copa de 94, quando usava, principalmente, a dupla brasileira Bebeto e Romário. * A Croácia é a última esperança do Romário. Texto Anterior: DISCUSSÃO DA LEI DO PASSE NO FUTEBOL BRASILEIRO Próximo Texto: Contrastes Índice |
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