São Paulo, terça-feira, 21 de maio de 1996
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Contrastes

FÁBIO SORMANI
FORAM DUAS LAVADAS PARA NINGUÉM BOTAR DEFEITO...

A primeira aconteceu no sábado, quando o Seattle Supersonics derrotou o Utah Jazz por 102 a 72, no primeiro jogo da série melhor de sete da final do Pacífico. A segunda foi no domingo, quando o Chicago Bulls derrotou o Orlando Magic por 121 a 83, também no primeiro jogo da série, pelo Atlântico.
Seattle e Utah fazem um confronto de contrastes. Os Sonics são um time mais jovem, mais rápido e que joga pressionando o tempo inteiro. É a melhor defesa da liga. O Utah é mais velho, mais lento e faz da precisão a sua arma.
Foi na base da velocidade e na pressão que os Sonics derrotaram o Jazz.
"A nossa defesa tem sido responsável pelo nosso sucesso", tem afirmado o técnico George Karl, do Seattle.
Chicago e Orlando têm estratégias iguais. Adoram o jogo de periferia, mas não deixam de lado o garrafão.
Nos rebotes e nos arremessos os Bulls venceram.
"Os rebotes foram a chave do nosso sucesso", disse o técnico Phil Jackson, do Chicago, depois do jogo de domingo.
Os Bulls, creia, são o melhor time reboteiro da NBA. Eles aniquilaram o Magic no garrafão: apanharam 62 rebotes contra 28. Foram impecáveis também nos arremessos.
Os alas do Chicago, Scottie Pippen e Dennis Rodman, apanharam 29 rebotes e anotaram 31 pontos, enquanto que Dennis Scott e Horace Grant (Orlando), apanharam só 3 rebotes e zeraram.
Dá para Utah e Orlando reverterem a situação?
John Stockton e Karl Malone, os condutores do Utah, têm, respectivamente, 34 e 32 anos; Gary Payton e Shawn Kemp, seus inimigos, têm 25 e 24...
"Precisamos conter Dennis Rodman, mas são poucos os jogadores da liga que podem fazer isso" -frase do técnico Brian Hill, do Orlando.

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