São Paulo, quarta-feira, 22 de maio de 1996
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Cargill estuda transporte de soja pelo São Francisco

JOSÉ ALBERTO GONÇALVES
DA REPORTAGEM LOCAL

O transporte de farelo de soja pela hidrovia do rio São Francisco pode virar realidade até 97.
A Cargill está estudando a viabilidade de embarcar farelo produzido com soja da região de Barreiras, no oeste da Bahia, em direção a Juazeiro, onde termina o trecho navegável do rio.
Segundo Ben Huber, gerente de transportes da Cargill, a utilização da hidrovia pode baratear o frete em até US$ 15/t, em comparação com o custo da rodovia.
Para viabilizar o embarque, Huber prevê a construção de um porto em Ibotirama ou Bom Jesus da Lapa, a cerca de 300 km por rodovia das fábricas de óleo e farelo de soja da região de Barreiras.
Se a alternativa escolhida for Ibotirama, as embarcações percorrerão um trecho de 605 km do São Francisco até Juazeiro.
O porto hidroviário de Juazeiro teria que ser adaptado para o descarregamento do farelo.
O estudo da Cargill aponta um investimento total de pelo menos US$ 3 milhões, que seriam bancados por um pool de empresas que atuam na região de Barreiras.
Huber diz que o embarque de farelo de soja pela hidrovia diminuiria os custos de produção dos criadores de aves e suínos.
"Também seria um estímulo ao cultivo de grãos na região de Barreiras e em Tocantins", afirma.
Ele acredita que o setor privado deve liderar os investimentos no transporte hidroviário. "O governo deve se limitar a garantir o livre acesso ao rio para os usuários."

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