São Paulo, quarta-feira, 22 de maio de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

CSN define a saída de chilenos

FERNANDO PAULINO NETO
DA SUCURSAL DO RIO

A CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) foi o fiel da balança do leilão. Sem acertar previamente um acordo com a Chilectra e considerando mais conveniente uma associação com a EDF (Électricité de France), tirou os chilenos do páreo minutos antes do leilão.
O GTD, que reúne os 11 maiores fundos de pensão do país, fechou um acordo com a Chilectra às 2h30 de ontem, e até o momento do leilão esperava que os chilenos dessem um lance.
A sorte da Chilectra começou a mudar no meio da tarde de anteontem, quando o acordo com o GTD e a CSN estava praticamente acertado. Neste momento, a empresa teria se mostrado insegura quanto à possibilidade de captar US$ 1 bilhão, quantia que a EDF e seus associados possuíam.
À noite, a Chilectra voltou a confirmar que tinha "bala na agulha" para participar do leilão, mas, viu-se depois, já era tarde demais.
A CSN, que adquiriu 7,25% do controle, já voltara a conversar com a EDF, que, na manhã de anteontem, era considerada carta praticamente fora do baralho.
Lances
O leilão começou com o lance da CSN. Logo depois, o GTD lançou seu 1% e ficou esperando o lance da Chilectra, que não aconteceu. Após lances dos pequenos investidores, a EDF e seus associados Houston Industries Energy e AES decidiram o leilão a seu favor.
Depois disso, o GTD decidiu não aumentar sua participação, mesmo tendo capital praticamente igual ao da CSN (R$ 250 milhões).

Texto Anterior: Governo compra ações e evita o fracasso do leilão
Próximo Texto: Tarifa tem que seguir inflação
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.