São Paulo, quarta-feira, 22 de maio de 1996
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Consultor desaconselha compra como investimento

DA REPORTAGEM LOCAL

Comprar telefone hoje é um negócio arriscado. A quebra do monopólio das telecomunicações e a consequente entrada de empresas privadas no setor devem aumentar a oferta de telefones. Com isso, os preços das linhas devem cair.
Além disso, deve crescer muito nos próximos anos a oferta de telefones celulares, o que também joga para baixo o preço das linhas convencionais.
Assim, aderir ao plano de expansão da Telesp não deve ser encarado como um investimento.
"Quando o setor de telecomunicações foi privatizado na Argentina, o preço da linha caiu de US$ 10 mil para US$ 500", afirma o consultor de investimentos e administrador de patrimônio Paulo Possas.
A Telesp está anunciando linhas telefônicas por R$ 1.117,63, pagos à vista, mas com promessa de instalação em até 24 meses.
No mercado, uma linha é negociada por mais de R$ 3.000, dependendo da região, mas a instalação é imediata.
Para Possas, a compra de uma linha telefônica da Telesp é aconselhável para aqueles que querem um telefone para uso pessoal, e não como investimento.
"Mesmo para quem precisa de um telefone, tenho dúvidas se não é melhor alugar uma linha do que comprá-la pelos preços de hoje", diz Possas.
Demanda
Para Edmon Rubies, diretor da Bolsa do Telefone, empresa que compra, vende e aluga linhas, investir nessa área ainda é um bom negócio.
Ele afirma que a demanda por linhas aumenta em 500 mil unidades por ano, o que deve manter a procura alta mesmo que entrem empresas particulares.
Além disso, Rubies argumenta que, hoje, quem compra e depois aluga um telefone tem retorno do capital em 30 meses. "É um investimento seguro", diz.
Atualmente, o aluguel de um telefone na cidade varia entre R$ 140 (na região do centro velho) e R$ 380 (na Cidade Tiradentes, na zona leste), por mês.

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