São Paulo, quarta-feira, 22 de maio de 1996
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Editoras tentam manobra

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Oito grandes editoras dominam 90% das compras de livros didáticos realizadas pela FAE. Os 10% restantes são divididos por 34 editoras menores.
A maioria dos livros reprovados pela FAE por conterem erros conceituais e preconceito é das grandes editoras (Ibep, Nacional, Ática, Scipione, Atual, FTD, Moderna e Brasil).
Segundo José Portella Pereira, as editoras grandes tiveram mais livros reprovados porque inscreveram mais títulos.
Segundo a Folha apurou, parte das editoras tenta uma manobra para evitar que seus livros com problemas façam parte da lista dos reprovados.
Ao retirarem o nome dos livros da lista, as editoras evitariam que essas obras ficassem conhecidas do público.
Mesmo que as escolas públicas fossem impedidas de comprar os livros reprovados pelo MEC (uma vez que não constariam do catálogo de aprovados), eles poderiam ser vendidos nas escolas particulares.
A editora Ática pediu a retirada do catálogo de sete de seus livros reprovados pelo MEC.
Segundo o diretor Editorial da Ática, José Bantim Duarte, não há risco de que esses livros sejam utilizados pelas escolas particulares porque eles já foram retirados de circulação.

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