São Paulo, quinta-feira, 23 de maio de 1996 |
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Assembléia adia implantação do rodízio
VICTOR AGOSTINHO
Depois de duas horas e meia de discussões, não houve votação. Hoje haverá nova sessão extraordinária para discutir o rodízio. O projeto de lei 123/96, de autoria da Secretaria do Meio Ambiente do Estado, propõe um revezamento de veículos, todos os anos, durante os meses de inverno, quando chove menos e fica desfavorecida a dispersão de poluentes. O projeto determina que um quinto dos carros fique fora das ruas um dia por semana. Às segundas-feiras, ficariam proibidos de circular carros com placa de finais 1 e 2. Às terças, finais 3 e 4 e assim por diante. O motorista infrator receberia multa de R$ 200,00. Segundo o secretário Fábio Feldmann, do Meio Ambiente, se os deputados aprovarem o projeto de lei até o fim deste mês ainda haverá tempo para implantar o revezamento. A secretaria do Meio Ambiente precisa de 30 dias para efetivar os contratos publicitários que manteriam toda a operação a custo zero para o Estado. Falta de quórum Para ir à votação, o projeto de lei terá de ser discutido por 12 horas na Assembléia Legislativa. Até ontem, a discussão havia consumido cerca de três horas. A liderança do PT, que é contrária ao rodízio da forma como está sendo apresentada pelo governo Covas, mas que acredita que o PSDB não vai conseguir aprovar o rodízio no plenário, chegou a pedir prorrogação da sessão extraordinária. Não houve quórum para aprovar a prorrogação. O PT, segundo o líder Roberto Gouveia, argumenta que o governo do Estado não tem uma política de meio ambiente e está usando o rodízio como política ambiental, e não como instrumento paliativo de contenção da poluição do ar. O PT é contra a cobrança de multa. Além do PT, também o PTB é contrário ao rodízio. Para o secretário Feldmann, sem multa não há rodízio. "Eu só enviei o projeto para a Assembléia porque preciso da multa. Eu não preciso da Assembléia para fazer o rodízio em São Paulo", afirmou Feldmann. Texto Anterior: Bispo da Universal escapa de naufrágio Próximo Texto: Para desembargador, PM não queria matar Índice |
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