São Paulo, quinta-feira, 23 de maio de 1996
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Palestinos podem ter 'segunda Jerusalém', diz jornal

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Israel vai oferecer aos palestinos a construção de uma "segunda Jerusalém" em áreas da Cisjordânia, para solucionar a disputa pelo controle da cidade.
A informação foi dada ontem pelo diário "Yedioth Ahronot". O premiê Shimon Peres negou que o governo tenha apresentado a idéia e reafirmou que Jerusalém é a capital indivisível de Israel.
A proposta permitiria que a cidade permaneça sob controle israelense, ao mesmo tempo em que daria aos palestinos uma capital para o Estado que reivindicam.
"Estamos oferecendo a eles uma área geográfica considerada Al Quds (Jerusalém em árabe) e transformando-a em sua capital, com acesso livre aos locais sagrados, o que eles não têm hoje", disse um dos negociadores ao jornal.
A "segunda Jerusalém" seria construída em dois subúrbios da cidade, Abu Dis e Azariah, localizados em áreas que já estão sob controle palestino.
Se os palestinos concordarem com a proposta, Israel os ajudará a arrecadar fundos para estabelecer um centro de negócios e um centro industrial em Abu Dis, a leste da parte velha de Jerusalém.
Segundo o negociador ouvido pelo "Yedioth", a proposta foi feita em conversas informais com palestinos, e recusada. Os palestinos reivindicam a parte oriental de Jerusalém como sua capital.
Ele afirmou acreditar em uma mudança de posição no futuro. "As negociações tem uma dinâmica, e me parece que está é a melhor de todas as propostas", disse.
As negociações do acordo final entre Israel e os palestinos, incluindo Jerusalém, foram retomadas em 5 de maio. A assinatura do acordo deve sair em três anos.
Pesquisa
O líder do Likud, Binyamin Netanyahu, disse que está com vantagem de dois pontos em relação aos trabalhistas, segundo uma pesquisa feita pelo partido. A declaração foi dada ao jornal "Maariv".

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