São Paulo, sexta-feira, 24 de maio de 1996
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Empresários são maioria entre os infiéis

DA REDAÇÃO

Ao mesmo tempo que os empresários reunidos no Hotel Nacional pediam pressa na votação das reformas, dezenas de deputados-empresários contribuíam para a derrota da emenda da Previdência no Congresso.
Na votação da idade mínima para aposentadoria de servidores públicos, 56% dos 61 dissidentes que votaram contra a proposta são empresários. Dos 44 ausentes, 61% são empresários. E dos 9 que se abstiveram, 78% são empresários.
O mesmo quadro se repetiu durante a votação da paridade salarial entre servidores ativos e inativos. Dos 85 deputados da base governista que votaram contra a proposta do Palácio do Planalto, 55% são empresários. Estes também perfazem 53% dos ausentes e 60% dos que se abstiveram.
Perfil regional
Em todas as votações, a maior parte dos dissidentes é da região Sudeste. Na votação da idade mínima para aposentadoria, 26 deputados do Sudeste votaram contra FHC, seguidos das bancadas do Norte (12) e Nordeste (11).
Durante a votação da paridade entre servidores ativos e inativos, houve 33 votos contra a emenda por parte de governistas do Sudeste; Nordeste (22 votos) e Norte (8) vieram a seguir.
O PPB, que acabou de receber o Ministério da Indústria e Comércio em troca do apoio ao governo, foi o partido que mais concorreu para a derrota do presidente: 22 votos contra a emenda na votação da idade mínima e 29 votos contra na votação da paridade.
O PMDB foi o segundo partido mais infiel. O PFL, tradicionalmente o mais fiel, desta vez teve mais rebeldes do que o PSDB.

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