São Paulo, sexta-feira, 24 de maio de 1996 |
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Insatisfação provocou derrota
WILSON SILVEIRA; RICARDO AMORIM; LUCIO VAZ WILSON SILVEIRACoordenador de Produção da Sucursal de Brasília A derrota do Planalto na votação da reforma da Previdência se deve à combinação de três fatores: insatisfação com o governo, proximidade das eleições e quórum baixo. Nenhum deles foi predominante. Um grande número de deputados que são candidatos a prefeito, por exemplo, votou a favor do governo, embora a mudança de regras da aposentadoria seja vista como uma medida antipática. Mas as eleições influenciaram a bancada de Rondônia, onde grande parte do eleitorado é composta de funcionários públicos. Cinco dos sete deputados governistas de Rondônia votaram contra o governo no limite de idade para aposentadoria de servidores. Segundo a liderança do governo na Câmara, contribuiu para esse resultado o fato de a bancada não ter conseguido cargo na Teleron. Outro exemplo de protesto em bloco é o Acre. A maior parte da bancada governista do Estado votou contra o governo porque viu recusada a indicação do superintendente estadual do Incra. Há também protestos isolados. Albérico Cordeiro (PTB-AL) disse que votou contra porque o governo não tem dado atenção a Alagoas. Citou o fechamento de escolas, usinas de álcool e um hospital. Outros argumentam que pessoalmente são contrários à reforma, como Prisco Viana (PPB-BA) e Pedro Irujo (PMDB-BA). Colaboraram Ricardo Amorim e Lucio Vaz, da Sucursal de Brasília Texto Anterior: Empresários são maioria entre os infiéis Próximo Texto: Faria de Sá culpa o governo Índice |
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