São Paulo, sexta-feira, 24 de maio de 1996 |
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Ministro deve depor sobre venda de arma Camilión é ligado a escândalo DANIEL BRAMATTI
A convocação, anunciada pelo juiz federal que investiga o caso, Jorge Urso, reforçou os rumores sobre a iminente queda de Camilión, a quem a oposição responsabiliza pelas irregularidades. O presidente Carlos Menem, que saiu em defesa do ministro quando o escândalo foi revelado, admitiu sua saída do governo pela primeira vez na semana passada. "Renunciam aqueles que desejam sair." Armas argentinas foram vendidas ao Equador no início de 1995, quando o país estava em guerra com o Peru. Na época, a Argentina era uma das avalistas das negociações de paz e participava de um embargo militar contra ambos. O governo argentino nega envolvimento em irregularidades, alegando que o destino oficial das armas era a Venezuela. O serviço de inteligência peruano, porém, afirma que alertou as autoridades argentinas sobre a triangulação que seria realizada. A Justiça investiga também o fornecimento irregular de armamentos para a Croácia, quando o país sofria embargo internacional. O comprador oficial foi o Panamá. Até o momento, o único processado nos dois casos é Luis Sarlenga, ex-interventor da empresa estatal Fabricaciones Militares, que produz armas e munições. Escuta telefônica Camilión pediu investigação judicial sobre gravação ilegal de conversas telefônicas do porta-voz, Augusto Rodríguez Larreta. A existência do "grampo" foi revelada na edição de ontem do jornal "Clarín", em reportagem sobre "enfrentamentos internos" no Ministério da Defesa. O porta-voz é filho de Horácio Rodríguez Larreta, que renunciou à subsecretaria de privatizações do Ministério da Defesa após romper com outros dois secretários, Guillermo Eitchechoury e Jorge Baeza. Texto Anterior: GIA diz ter degolado 7 monges franceses Próximo Texto: Prisão de líder e comandante sérvios deve sair em julho Índice |
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