São Paulo, sábado, 25 de maio de 1996
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Na TV, Malan critica o 'fisiologismo'

DA REPORTAGEM LOCAL

O ministro da Fazenda, Pedro Malan, deu início ontem à contra-ofensiva do governo Fernando Henrique Cardoso em defesa das reformas tributária, administrativa e, principalmente, da Previdência.
Em pronunciamento feito às 20h de ontem, em cadeia nacional de televisão, Malan responsabizou o fisiologismo político, o corporativismo e a oposição -especificamente o PT- pela derrota do governo na votação da Previdência ocorrida na última quarta-feira, no Congresso.
Segundo Malan, há "aqueles que procuram extrair pequenas vantagens pessoais em atos de fisiologismo implícito e explítico".
Falou também "daqueles que são contra as mudanças para que possam manter seus privilégios" e "daqueles que cumprem o papel de oposição, mas erram ao supor que o país precisa ir mal para que possam crescer politicamente".
Derrota
O ministro afirmou também que não foi o governo quem perdeu na votação. "Quem perdeu foi o país. A reforma da Previdência não beneficiaria o governo Fernando Henrique Cardoso. Ela foi pensada para ter resultados futuros", disse.
Em defesa da reforma previdenciária, Malan enfatizou que, se nada for modificado, o governo não terá em breve recursos para pagar aposentados e pensionistas.
"Se nada for feito, o sistema caminhará para falência. Adiar a decisão significa aumentar os custos e, talvez, sem assegurar direitos adquiridos." No atual ritmo, segundo ele, "logo haverá mais gente ganhando sem trabalhar do que trabalhando".
O ministro da Fazenda citou os sistemas especiais de aposentadoria para exemplicar "distorções" que permitem servidores ganharem mais como inativos do que quando trabalhavam.
"Há certos funcionários públicos aposentados que recebem R$ 20 mil. Há funcionários públicos que acumulam duas, três e até quatro aposentadorias. Não é difícil adivinhar quem paga a conta. Qu

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