São Paulo, sábado, 25 de maio de 1996
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Montadoras mantêm aumentos

ALEX RIBEIRO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo fracassou em sua tentativa de fazer os fabricantes de cigarros e as montadoras de automóveis reverem os aumentos recentes de preços.
O secretário de Acompanhamento Econômico, Bolivar Moura Rocha, conversou anteontem com representantes de quatro montadoras: Ford, General Motors, Fiat e Volkswagen.
Nos últimos 12 meses, GM e Fiat aumentaram os preços em 37% e 24%, respectivamente, segundo a Fazenda. Bolivar pretendia fazê-las voltar atrás e convencer a Volks e a Ford a se absterem de promover aumentos.
"Não houve resposta das montadoras sobre se baixariam ou não. Mas continuamos as negociações", afirmou.
Segundo Bolivar, a Souza Cruz e a Phillip Morris não apresentaram dados suficientes sobre seus custos para análise pela Fazenda. "Pedimos maiores informações", disse.
A Souza Cruz aumentou no início do mês em 10% os preços dos cigarros, em média. Segundo cálculos da Fazenda, esse aumento teria impacto de 0,2% no IPC (Índice de Preços ao Consumidor) medido pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).
Ao assumir o cargo, há duas semanas, Bolivar disse que, aparentemente, os aumentos de preços de cigarros e automóveis eram "injustificáveis do ponto de vista de custos".
Ontem, entretanto, Bolivar recuou em seu confronto com os empresários. 'Èm nenhum momento eu dei a entender que esses aumentos seriam abusivos", afirmou.
Bolivar disse que está apenas "conversando" com os empresários. "Não há nenhuma hipótese de retorno do controle de preços", afirmou.

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