São Paulo, sábado, 25 de maio de 1996 |
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Solução repete o caso Nacional
DA REDAÇÃO A intervenção no Banco Nacional, da família Magalhães Pinto, permitindo sua absorção pelo Unibanco, foi anunciada em 18 de novembro passado, junto com a edição de medida provisória que deu amplos poderes ao Banco Central para forçar a venda de instituições quebradas.No dia 11 de agosto, o Econômico, da Bahia, sofrera intervenção. Este banco foi reaberto só em maio de 96, sob o comando do Excel. No dia 4 de novembro, outra MP criou o Proer, programa de estímulo oficial a fusões bancárias, para evitar a saída da liquidação. Naquele mês, cresciam os rumores sobre as dificuldades do Banco Nacional, o que provocou corrida de grandes correntistas para saque de dinheiro. O Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal socorreram o Nacional nessa fase, via mercado interbancário. O Nacional abriu suas portas normalmente na segunda-feira, 20 de novembro, já sob a gestão do Unibanco (que ficou com a parte "boa" do banco) e o Banco Central (com a parte "ruim", a de créditos de difícil liquidação). Ocorrerá o mesmo com o Banorte. O BC comprovou mais tarde que cerca de R$ 5 bilhões do Nacional eram de créditos fictícios. Suspeita-se que o BC sabia há algum tempo das irregularidades. O BC nega. Os acionistas controladores (entre eles uma nora do presidente FHC) e diretores do ex-Nacional tiveram seus bens bloqueados, com base na mesma MP que agora é utilizada no caso Banorte. Texto Anterior: Apego à cartola determinou o desfecho Próximo Texto: Gustavo Loyola prevê poucas demissões Índice |
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