| São Paulo, domingo, 26 de maio de 1996 |
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EUA lideram os investimentos
CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
Entre 1990 e 1995, a mudança mais significativa no leque de investimentos no subcontinente foi a hegemonia obtida nele pelos Estados Unidos em relação à Europa. Grabendorff diz que talvez a Europa pudesse ter investido mais na América Latina nos últimos cinco anos, mas, se isso não aconteceu, foi devido à recessão européia no mesmo período. "A Europa Oriental pode ter retirado uma pequena quantia de investimentos que iriam para a América Latina, mas não foi um fator crítico", afirma Grabendorff. Entre 1990 e 1995, cerca de US$ 66 bilhões foram investidos na América Latina, quatro vezes mais do que entre 1984 e 1989. Desse total, a metade, cerca de US$ 33 bilhões partiram dos EUA. Na segunda metade dos anos 80, os investimentos dos EUA representavam 25% do total na América Latina. Novos financiamentos A previsão de especialistas em investimentos internacionais para este ano é de que a Ásia, excluído o Japão, será o principal alvo dos investidores. As organizações multilaterais, como Fundo Monetário Internacional, Banco Mundial e Banco Interamericano de Desenvolvimento, também não diminuíram seus empréstimos para a América Latina em benefício da Europa Oriental. O FMI empresta para os países que pedem financiamento e nenhum ficou desassistido, mesmo num ano como 1995, em que o México recebeu US$ 16 bilhões e a Rússia, US$ 10 bilhões. O Banco Mundial também não tem deixado de atender os pedidos que preencham os requisitos técnicos. Embora muitos governos estaduais brasileiros usem os serviços de lobistas para chegar ao Banco Mundial, eles são desnecessários. A Embaixada do Brasil na capital norte-americana pode oferecer assistência, e o melhor lobby possível junto às organizações multilaterais de financiamento é um projeto bem preparado. Texto Anterior: BID troca o governo central pelos locais Próximo Texto: Comunismo se une à tradição na China Índice |
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