São Paulo, domingo, 26 de maio de 1996 |
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'Vitória inútil' empolga Espinosa para o futuro
ARNALDO RIBEIRO
Segundo Espinosa, a atuação corintiana abriu "boas perspectivas" para o início de seu trabalho no clube e "deu a certeza" de que o time estará "muito forte" para o Campeonato Brasileiro. Hoje, no Pacaembu, o time enfrenta o Mogi Mirim, na sequência do Campeonato Paulista. "O comportamento da equipe foi muito bom e fomos recompensados com um gol no final", disse Espinosa, referindo-se ao jogo que eliminou o Corinthians da Taça Libertadores da América. "O time não se intimidou e isso foi o primeiro passo para iniciarmos um grande trabalho." Reformulação Espinosa inicia amanhã, com uma reunião com a diretoria, o processo de reformulação. Vários jogadores serão dispensados, mas o treinador corintiano não quer criar um "clima de terror" no grupo. "Tudo será feito com planejamento e calma. Reformulação não significa que vou mandar embora todo mundo. Temos que mudar a mentalidade no Corinthians, onde tudo tem que ser explosivo", disse. Espinosa, no entanto, admite que o Corinthians precisa contratar grandes reforços e "formar um time melhor que o atual". "Vamos nos espelhar nos três melhores times brasileiros do momento: Grêmio, Flamengo e Palmeiras. Temos que montar uma equipe que tenha condições de vencer estes adversários." As mudanças no Corinthians devem começar pela diretoria. José Mansur, vice-presidente de futebol, pode deixar o clube. Ele não acompanhou a delegação em Porto Alegre, deixando em aberto a sua possível saída. Segundo Jorge Neme, diretor de futebol, Mansur não foi a Porto Alegre porque teve problemas de saúde. Inconformismo Contrastando com o otimismo do técnico Espinosa, os jogadores corintianos ainda não se conformam com a eliminação do time na competição. Marcelinho e Edmundo choraram após o jogo e Ronaldo tentou agredir o árbitro Cláudio Vinícius Cerdeira. "Ele me persegue e também persegue o Corinthians", afirmou o goleiro. O volante Bernardo foi outro que ficou irritado com a atuação do árbitro carioca. "O jogo ficou parado por muito tempo porque não havia gandulas. Mesmo assim, não houve acréscimo no tempo", disse. O Corinthians também protestou contra o tratamento recebido no estádio Olímpico. Uma bomba teria explodido no vestiário do clube. Além disso, os chuveiros não tinham água e os jogadores tiveram que voltar ao hotel sem tomar banho. Texto Anterior: EUA montam seleção a partir de biótipo Próximo Texto: Ao amigo Bernard Índice |
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