São Paulo, domingo, 26 de maio de 1996
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Consumidor reclama de cobranças irregulares

DA REPORTAGEM LOCAL

Na semana passada, Reginaldo Alves Portella, 38, foi ao Procon-SP reclamar sobre uma taxa de R$ 380 que a imobiliária Di Santo queria cobrar pelo contrato de aluguel de uma casa no bairro da Casa Verde (zona norte de São Paulo).
Ele afirma que a empresa exigia R$ 65 para fazer o levantamento sobre a idoneidade dele e do fiador. Ambas as cobranças são irregulares.
Portella, que pretende alugar uma casa de um dormitório para morar com a mulher e o filho, foi ao Procon porque, diz ele, a imobiliária não daria recibo pelo pagamento.
Ele achou estranho e resolver conferir.
O proprietário da Di Santo, que prefere não se identificar, diz que há negociação caso o locatário não queira pagar.
"Essa despesa sempre foi do locatário. Por isso, há resistência dos proprietários. Alguns ameaçam trocar de imobiliária se tiverem de pagar."
"Cachorrada"
"Desculpe a expressão, mas isso é uma cachorrada", diz a empregada doméstica Isaura Ortoloni Baptista, 50.
Ela também recorreu ao Procon para tentar reaver os R$ 250 que pagou para fazer o contrato de um quarto-e-cozinha com a Imobiliária Tarabai.
"Eu já estou sentida de ter que sair de um apartamento maior e ainda tenho que pagar o que não é de direito."
O proprietário da imobiliária, João Alberto Coleguini, diz que não lembra do caso e não foi informado sobre a reclamação. "Às vezes, alguns clientes recorrem a meus serviços de advogado. Aí eu cobro."

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