São Paulo, domingo, 26 de maio de 1996 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Campanha quer alertar ricos e pobres
ARMANDO ANTENORE
A emissora ainda estuda o formato da campanha. Procura, por exemplo, a linguagem ideal dos boletins. Pensa em priorizar o tom jornalístico, mas não descarta a possibilidade de empregar um ou outro elemento da teledramaturgia. Certo mesmo é que os módulos de 30 segundos irão explorar duas idéias básicas: * A violência contra meninos e meninas não se restringe às classes mais pobres ou às famílias de baixa escolaridade. Ricos e intelectuais também batem nos filhos. * Os motivos das agressões são ridículos. Para elencá-los, a emissora se baseou principalmente em pesquisas que estão no livro "A Criança Maltratada". O volume, publicado pela editora Almed, tem como organizador Stanislau Krynski. O assessor da Central Globo de Comunicação, Luiz Lobo, adianta as principais causas da violência que a campanha abordará: a) Crianças com menos de dois anos apanham porque choram, fazem xixi na cama ou cocô na calça. b) Entre 2 e 5 anos, sofrem maus tratos por sujarem a roupa ou desarrumarem a casa. c) Entre 5 e 7 anos, são espancadas porque não tomam banho direito ou dão respostas "atravessadas" para os pais. "Esperamos lançar os boletins dentro de dois ou três meses", calcula Lobo. Telefones O assessor diz, ainda, que a emissora voltará a divulgar fotos de crianças desaparecidas a partir desta semana. "Preencheremos alguns intervalos comerciais com módulos de meio minuto, introduzidos pelo selo 'Globo Serviço'. Em cada módulo, haverá no mínimo seis fotografias." O Centro Brasileiro de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente fornecerá os retratos. Se as imagens estiverem muito velhas, a Globo vai recuperá-las no computador. A emissora fechará os módulos com um par de telefones: (021) 220-9903 e (021) 220-9009. É para lá que deve ligar quem reconhecer os desaparecidos. (AA) Texto Anterior: Garoto perde a noção do tempo Próximo Texto: Brasil é o 6º maior produtor de TVs Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |