São Paulo, segunda-feira, 27 de maio de 1996 |
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PFL rejeita aliança e lança candidato WILSON TOSTA WILSON TOSTA; CLÁUDIA RODRIGUES
Naufragaram ontem as duas alianças que ameaçavam polarizar as eleições para a Prefeitura do Rio. O prefeito César Maia anunciou que o PFL não se aliará ao PSDB e lançará como candidato o seu secretário de Urbanismo, Luiz Paulo Conde. Já o PT, em convenção realizada ontem, decidiu rejeitar a proposta de coligação em torno do deputado federal Miro Teixeira (PDT-RJ) e lançar a candidatura do vereador Chico Alencar. Com a decisão, o espectro de candidaturas se ampliou. Já estão lançados como candidatos o deputado estadual Sérgio Cabral Filho (PSDB), os deputados federais Miro Teixeira (PDT-PSB-PC do B) e Sérgio Arouca (PPS-PV) e o general Newton Cruz (PSD). 'Irresponsabilidade' No Palácio da Cidade (sede do Executivo municipal), a decisão de lançar candidatura própria foi anunciada ontem pela manhã, após uma reunião de três horas de Maia com líderes pefelistas. A convenção do PFL será antecipada para 9 de junho para referendar os nomes de Conde e do deputado Heider Dantas como vice. Segundo o prefeito César Maia, o PFL descartou o apoio a Sérgio Cabral Filho porque o considera despreparado para assumir o cargo. "É uma irresponsabilidade do PSDB", disse. A decisão ocorre dois dias após o PFL de São Paulo rejeitar aliança com os tucanos e anunciar apoio ao candidato do PPB, Celso Pitta. Há oito dias, o ministro da Indústria e Comércio, Francisco Dornelles (PPB), o governador Marcello Alencar (PSDB) e Maia (PFL) tinham anunciado a disposição de discutir uma candidatura comum aos três partidos. "Não houve traição do PFL. O PSDB não tinha vontade de fazer coligação. Nós colocamos o interesse público acima do partidário", disse Maia. O PFL quer agora fechar aliança com PL, PSC e PSD. Na sexta-feira, o presidente nacional do PFL, Jorge Bornhausen, havia dito que a Executiva Nacional do partido apoiaria qualquer nome escolhido por César Maia. PT descarta aliança No 9º Encontro Municipal do PT, realizado na Universidade do Estado do Rio de Janeiro, os defensores da candidatura própria conseguiram cerca de 80% dos votos. O coligação era a opção preferida da direção nacional do PT. Alencar disse que seus principais adversários serão os candidatos de Marcello Alencar e de César Maia. Colaborou Cláudia Rodrigues, free-lance para a Folha Texto Anterior: Quércia usa FHC e Covas em sua defesa Próximo Texto: Urbanização é prioridade Índice |
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