São Paulo, segunda-feira, 27 de maio de 1996
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Dois morrem em acidentes com ônibus

Jovem de 23 anos teve cabeça esmagada

CRISTINA RIGITANO
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Duas pessoas morreram e quatro ficaram feridas em dois acidentes com ônibus, ontem, no Rio.
Às 8h30, um ônibus da linha 175 (centro-São Conrado), da Viação Amigos Unidos, se chocou com a Belina creme de João Gomes da Silva, 38, atropelou uma mulher que passava na calçada e entrou na portaria de um prédio, na estrada da Gávea, entrada da favela da Rocinha (zona sul do Rio).
Em Pendotiba, no município de Niterói (a cerca de 15 Km do Rio), de madrugada, um ônibus atropelou cinco pessoas. Uma das vítimas morreu no local e quatro ficaram feridas -entre elas uma adolescente e uma criança.
Segundo a polícia, o acidente foi provocado por um manobrista ou lavador de veículos que dirigia o ônibus, apesar de não ter carteira de habilitação. A polícia está tentando identificar o motorista, que teria fugido, após a tragédia.
Testemunhas contaram que o ônibus da linha 35 da Viação Pendotiba, placas KOD 1482, passava pela estrada Caetano Monteiro, quando perdeu a direção e subiu a calçada que dá acesso à estrada Governador Celso Peçanha.
O veículo passou por cima da cabeça de uma jovem, de 23 anos, que teve esmagamento total de crânio e morreu no local. Até a noite, ninguém havia aparecido no IML (Instituto Médico-Legal) de Niterói para identificar o corpo. A vítima morava na estrada do Sapê, sem número, Pendotiba. Seu primeiro nome é Paula.
Os outros quatro feridos são da mesma família: Antônio Sebastião Trindade da Silva, 34, Leila Trindade da Silva, Rita Gomes da Silva, 17, Felipe Trindade, 4. Eles foram socorridos no Hospital Antônio Pedro, também em Niterói, e estão fora de perigo.
Funcionários da empresa garantem que não havia ninguém no veículo, de placa KOD 1482, da linha 35. Eles dizem que o ônibus se movimentou sozinho, pois estaria com o freio de mão solto.
O caso foi registrado na 79ª DP, Jurujuba (Niterói), onde serão ouvidos, esta semana, funcionários da empresa e testemunhas.
Segundo a polícia, se ficar comprovada a versão das testemunhas, a empresa terá que apontar quem autorizou uma pessoa não habilitada a dirigir um ônibus, pondo em risco a vida de outras pessoas.

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