São Paulo, segunda-feira, 27 de maio de 1996
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Pesquisa faz o perfil de carvoeiros do MS

DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPO GRANDE

A FNS (Fundação Nacional de Saúde) no Mato Grosso do Sul concluiu a primeira pesquisa destinada a conhecer as condições de vida dos carvoeiros no Estado.
Durante todo o último semestre de 1995, 35 técnicos visitaram 2.498 trabalhadores em 95 carvoarias de cinco municípios.
Há quatro anos, a Delegacia Regional do Trabalho no Mato Grosso do Sul começou a intensificar as fiscalizações nas carvoarias do Estado por causa de denúncias de trabalho forçado, incluindo o de crianças. Neste ano, os governos federal e estadual estão pagando às famílias de carvoeiros para que mantenham os filhos na escola.
O levantamento da FNS mostra que 95% dos trabalhadores não usam vaso sanitário, 60% jogam os dejetos a céu aberto, 51% tomam água de córregos e 72% não filtram a água antes de consumi-la.
Segundo Gaspar Francisco Hickmann, 32, responsável pela pesquisa, 1.398 dos 2.498 trabalhadores souberam dizer quais vacinas tomaram. Deles, 65% nunca tomaram a vacina antitetânica.
"Isso é preocupante, já que, pela característica do trabalho, essa deveria ser a primeira vacina que eles teriam de tomar", afirmou.

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