São Paulo, segunda-feira, 27 de maio de 1996
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Chicago vive à sombra de Michael Jordan

RODRIGO AMARAL
DO ENVIADO ESPECIAL

A mais americana das cidades norte-americanas reverencia e idolatra o maior jogador de basquete do mundo: Michael Jordan.
Ele é onipresente. Nas ruas, só são vistas crianças e adolescentes envergando as camisetas 23 ou 45 dos Bulls, as que ele eternizou.
Na mais conhecida avenida da cidade, a Michigan Avenue, o posto de informações turísticas tem, na porta, um boneco de papelão em tamanho natural. De Jordan.
É uma proeza numa cidade que, entre outras personalidades, foi lar do presidente Abraham Lincoln e do escritor Ernest Hemingway.
Na mesma avenida, a loja Field of Dreams vende relíquias do "deus do basquete" a preços nada módicos. Uma camisa autêntica, autografada, custa US$ 999. Uma bola autografada, US$ 699. Tênis autografados, US$ 599 -cada pé.
Chicago pegou fogo em 1871. Depois disso, foi totalmente reconstruída. Seu crescimento coincidiu com a escalada dos EUA rumo ao posto de maior potência mundial.
Por esse motivo, traz todas as características típicas norte-americanas -ruas largas, arranha-céus em profusão, bairros residenciais distantes do centro.
Sua mais conhecida atração é a Sears Tower, com 443 metros de altura, considerado o edifício mais alto do mundo. Pelo menos até o mês que vem. É que em junho será inaugurado em Kuala Lumpur, na Malásia, a Petronas Tower, que terá 450 metros.
Há controvérsias. Os americanos argumentam que, se contar a antena da Sears, a Petronas acaba ficando no chinelo. De qualquer maneira, vale o passeio. A visão no "skydeck" do topo da Sears Tower é extraordinária.
A Sears fica na South Wacker Drive, no centro da cidade.
Chicago também se caracteriza pela abundância de bares de blues. Com um pouco de sorte, dá para passar uma noite curtindo um Magic Slim ou um Buddy Guy -lendas do blues e habitués nos palcos dos bares da cidade.
Quem não quer arriscar pode ir direto à Halsted St., na zona norte de Chicago, onde há alguns estabelecimentos de primeira qualidade.
O Kingston Mines, por exemplo, tem dois palcos com bandas se revezando a cada meia hora. Já o B.L.U.E.S é mais intimista. Tem só um palco, pequeno, onde os músicos realizam jam sessions.
(RA)

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