São Paulo, terça-feira, 28 de maio de 1996
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BOCA DE URNA

Mundo pequeno: emissoras do Egito, da Jordânia e até da Arábia Saudita exibiram anteontem trechos do debate entre Shimon Peres e Binyamin Netanyahu.
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"Bibi" fez uma "ego trip" no debate: pronunciou 66 vezes a palavra "eu", além de uma vez o seu próprio sobrenome. Uma vez a cada dez segundos, mais ou menos, já que seu tempo foi de 14 minutos.
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Peres foi mais contido: 22 vezes falou "eu" e, uma, Peres.
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Quase 60% dos israelenses viram o debate, se somadas as taxas dos que assistiram à primeira emissão, no Canal 1 (28,8%), e dos que preferiram o Canal 2, duas horas depois (29,6%).
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De qualquer forma, é mais do que o dobro dos que vinham assistindo a propaganda eleitoral gratuita.
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O governo israelense credenciou 1.300 jornalistas estrangeiros para a eleição, três vezes mais do que no pleito anterior (1992). Sem contar os correspondentes baseados permanentemente em Israel.
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O Banco de Israel (banco central) adotou ontem medida rara em época eleitoral: subiu 0,7% a taxa de juros, agora em 17% ao ano.
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Akram Obeid decidiu se tornar um dos primeiros atores de cinema dos territórios autônomos, vivendo em um filme uma história semelhante à de seu irmão Ahmed, que há três meses foi o responsável por um atentado suicida em Tel Aviv que deixou 13 mortos. No filme, o palestino desiste do ataque.
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O Partido Trabalhista protestou contra o direito a voto concedido a Yigal Amir, assassino do premiê Yitzhak Rabin: "Vira o estômago pensar que alguém como ele possa votar", disse o porta-voz.
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Aryeh Bibi, porta-voz da administração penitenciária, discorda: "Punimos pessoas, mas não tiramos delas seus direitos básicos, pois isso afetaria o Estado".

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