São Paulo, terça-feira, 28 de maio de 1996
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Knesset pode derrubar vencedor

CLÓVIS ROSSI
DO ENVIADO ESPECIAL

Israel pode eleger um primeiro-ministro de um partido e um Parlamento com maioria, ao menos relativa, de outro.
É a hipótese, aliás, mais provável, de acordo com Hanoch Smith, o mago das pesquisas eleitorais, para quem o Partido Trabalhista (do atual premiê Shimon Peres) não conseguirá a maioria absoluta (61 cadeiras) no Parlamento nem aliado ao centro-esquerdista Meretz e aos partidos árabes, com os quais está hoje coligado.
O que acontece então?
O premiê eleito tem 45 dias para apresentar ao Knesset (Parlamento) seu gabinete e suas políticas. Se não o conseguir, haverá novas eleições num prazo de 60 dias.
Se, na nova eleição o primeiro-ministro eleito for o mesmo e fracassar outra vez na apresentação do governo, fica impedido de disputar o terceiro turno.
Coligações
Para poder apresentar um governo e suas políticas, o primeiro-ministro (seja Peres ou seu desafiante Binyamin Netanyahu) terá necessariamente que se coligar com outros partidos.
Os partidos religiosos e o dos imigrantes russos já deixaram claro que aceitarão, sob certas condições, coligar-se com qualquer que seja o vencedor, o que, em tese, impede que vingue a hipótese de nova eleição.
A questão, portanto, será saber que condições esses fiéis da balança exigirão do premiê a ser eleito amanhã.
(CR)

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