São Paulo, quarta-feira, 29 de maio de 1996![]() |
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Agenda inclui Síria e Jerusalém
CLÓVIS ROSSI
Os acordos de Oslo, que, a partir de 1993, abriram o caminho para entendimentos provisórios com os palestinos, prevêem negociações finais a partir deste mês. Foram até formalmente iniciadas, mas adiadas para após as eleições. Envolvem quatro pontos, o mais simbólico dos quais é Jerusalém, pela carga histórica e religiosa da cidade. Com a Síria, negociação também congelada, o problema são as colinas do Golã. Ontem, em entrevista ao jornal "Haaretz", Netanyahu afastou a hipótese até de discutir Jerusalém. "Se eles levantarem o assunto, eu o removerei (da agenda)." Já Peres, embora também não admita dividir Jerusalém, não se nega a pelo menos discuti-la. O primeiro ponto da agenda do vencedor será Hebron, cidade sagrada para judeus e muçulmanos. Israel deveria ter se retirado em março, mas o assunto foi deixado para depois da eleição. Eliyahu Ben-Elissar, deputado do Likud que já foi membro do Mossad (serviço secreto), disse que a idéia da sua coligação é jogar Hebron para o final da discussão. Admite que "concessões terão de ser feitas, mas por que começar com um tema tão espinhoso?". O quadro ao lado resume os problemas do novo governo e a tese de cada candidato. Texto Anterior: Netanyahu afirma que saberá negociar Próximo Texto: Os problemas do futuro premiê Índice |
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