São Paulo, quinta-feira, 30 de maio de 1996 |
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Associação de autores protesta
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA A Abrale (Associação Brasileira de Autores de Livros Educativos) enviou ontem protesto formal ao ministro Paulo Renato Souza (Educação) contra o processo de avaliação de livros didáticos.Na carta, a Abrale afirma apoiar a decisão do MEC de avaliar a qualidade das obras usadas nas escolas, mas critica a maneira como o resultado final foi comunicado a editores e autores. "Foram momentos constrangedores para todos os presentes, com um clima que evocou as pressões que regimes autoritários exercem sobre as pessoas de opinião livre", diz a carta. Os autores alegam que o tempo dado para que contestassem os erros foi muito curto (menos de 24 horas) e que os erros só foram comunicados oralmente. "Foi negada a autores e editores uma cópia dos pareceres e -incrível- até mesmo que estes fizessem cópias manuscritas das críticas", afirma o documento. Cerca de 200 autores de livros didáticos são filiados à Abrale. A carta foi aprovada em assembléia. O documento também critica a composição das equipes de avaliação. "Os professores universitários são maioria. O número de professores secundaristas e de 1º grau deveria ser bem maior", disse Luiz Imenes, presidente da Abrale. "Por princípio, somos favoráveis à divulgação da lista. Mas essa avaliação foi feita às pressas, e pode haver erros. O MEC deve divulgar a lista, mas antes precisa discutir com autores e editoras", disse. Texto Anterior: Editoras querem lista de livros vetados Próximo Texto: TRT só aprova seis em 2.300 inscritos Índice |
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