São Paulo, quinta-feira, 30 de maio de 1996
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Professores da USP devem parar hoje

DENISE MOTA
DA REPORTAGEM LOCAL

Os professores da USP fazem uma paralisação hoje. Se a adesão ao movimento for total, cerca de 54 mil alunos não terão aula nos seis campi da universidade em todo o Estado de São Paulo.
À tarde, os professores realizam assembléia para decidir se continuam paralisados.
Os funcionários da USP trabalham normalmente nesta semana. Amanhã, eles realizam assembléia para discutir se entram em greve a partir de segunda-feira.
Unicamp e Unesp
Na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas/SP), os funcionários estão em greve por tempo indeterminado. Os professores estarão paralisados até amanhã.
Funcionários e docentes da Unesp (Universidade Estadual Paulista) em todos os campi também decretaram greve.
Hoje, às 9h, eles fazem uma manifestação contra o Cruesp (Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas) em frente à reitoria da Unesp, na alameda Santos (centro de SP).
Federais
Secretários do MEC (Ministério da Educação e Cultura), trabalhadores e reitores das universidades federais definiram anteontem uma agenda de negociações.
Ela inclui o não-desconto dos dias parados dos grevistas e a reposição de vagas para docentes por concurso.
Hoje, os trabalhadores e reitores das universidades federais se reúnem com o ministro da Educação, Paulo Renato Souza, para novas negociações.
Os empregados de 33 universidades federais estão parados há 44 dias. Eles reivindicam aumento salarial de 46,19%.
Inflação
O índice corresponde à inflação entre janeiro e dezembro de 1995, registrada pelo ICV/Dieese, mais as perdas salariais decorrentes do Plano Collor, em 1989.
Segundo Carlos Maldonado, coordenador da Fasubra (Federação das Associações de Trabalhadores das Universidades Brasileiras), o reajuste será discutido com o ministro da Administração, Luiz Carlos Bresser Pereira, quando ele voltar de sua viagem a Paris. A volta do ministro está prevista para o dia primeiro de junho.

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