São Paulo, quinta-feira, 30 de maio de 1996
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"Frida" busca mudar sofrimento em arte

ELVIS CESAR BONASSA
DA REPORTAGEM LOCAL

A expressão "uma vida prejudicada" poderia muito bem se aplicar à pintora mexicana Frida Kahlo (1907-1954). Um acidente na adolescência a fez passar por mais de 50 cirurgias. Tinha uma perna menor que a outra. Não podia ter filhos, um de seus maiores desejos.
A peça "Frida", de Ricardo Halac, conta essa história, mas se recusa -como a própria pintora- a sucumbir à tragédia: tenta mostrar a redenção da personagem.
A palavra redenção não é exagerada. Na pintura, Frida transformou as dores em arte e criação luminosa (como Proust, no leito de asmático, construiu a catedral literária "Em Busca do Tempo Perdido").
A peça percorre também os amores de Frida. Casada com o muralista Diego Rivera, foi amante do revolucionário Leon Trotsky e teve casos com mulheres. Sua bissexualidade era evidente já na adolescência -alternava as roupas de menina com vestimentas de homem.
O texto foi especialmente escrito para Mika Lins, que interpreta Frida e produz o espetáculo.
(ECB)

Peça: Frida
Autor: Ricardo Halac
Direção: Fauzi Arap/Marcus Alvisi
Com: Mika Lins, Márcio Tadeu, Bel Kutner e outros
Onde: Sesc Anchieta (r. Dr. Vila Nova, 245, tel. 256-2281, região central)
Quando: estréia hoje, às 21h
Quanto: R$ 25

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