São Paulo, sexta-feira, 31 de maio de 1996
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Assembléias decidem hoje se a greve na Unicamp continua

Paralisação na universidade começou terça-feira passada

DA FOLHA SUDESTE E DA AGÊNCIA FOLHA, EM BAURU

Os funcionários e professores da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) realizam assembléia hoje para decidir sobre a continuidade da greve.
A assembléia dos funcionários acontece às 10h, no ciclo básico. Os professores decidem sobre a continuidade da greve às 11h, também em assembléia.
Os funcionários da Unicamp estão paralisados desde de terça passada, por tempo indeterminado.
Alunos, professores e funcionários realizam ato público hoje, a partir das 13h, no largo da Catedral, região central de Campinas (99 km de São Paulo).
O diretor do STU (Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp) Miguel Leonel dos Santos, 32, disse que o ato público de hoje será em defesa da universidade pública e gratuita.
A Adunicamp (Associação dos Docentes da Unicamp) informou ontem que cerca de 70% dos professores estão paralisados. Segundo a associação, cerca de 10 mil alunos ficaram sem aulas. A reitoria disse ontem que a paralisação afetou apenas 3.000 alunos.
A greve não vem afetando os serviços do HC. Segundo a administração do hospital, estão sendo realizadas consultas, exames e cirurgias normalmente.
O STU deve propor hoje à Adunicamp a suspensão das internações no HC. Segundo o sindicato, isso deve acontecer se a reitoria não abrir as negociações com os grevistas. A reitoria da Unicamp informou ontem não acreditar na suspensão das internações.
Unesp
Os médicos e funcionários do Hospital das Clínicas da Unesp (Universidade Estadual Paulista), em Botucatu (225 km de SP), suspenderam ontem os atendimentos de rotina.
Segundo o comando de greve, 80% dos 2.500 funcionários e médicos da Unesp de Botucatu aderiram à paralisação. A universidade não fez avaliação da greve.
Desde ontem, além de atender somente casos de emergência, o número de cirurgias foi limitada a três por dia.

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